Estratégia de proteção de um equipamento ou sistema

·        --A estratégia de aterramento e proteção de um equipamento ou sistema (conjunto de equipamentos) é criar uma região protegida para este equipamento ou sistema, dentro da qual as tensões de modo diferencial e modo comum estarão dentro dos limites de suportabilidade das portas. Nesta região deve-se evitar correntes espúrias que possam perturbar estes equipamentos.

·        --A fronteira desta região é definida pela posição dos protetores.

 --A distribuição dos equipamentos e cabos é importante.



gA figura 4.1 apresenta um diagrama com um equipamento eletrônico genérico, que pode ser um rádio, um equipamento de supervisão e controle de processo, um equipamento eletro-médico, enfim, qualquer um que tenha portas de entradas e saídas para o mundo elétrico externo. No diagrama se representa as tensões de modo diferencial (entre vias de uma mesma porta) e de modo comum (entre vias de portas diferentes) que podem aparecer sobre o equipamento.

Figura 4.1: Representação das tensões de modo diferencial e modo comum

A estratégia de proteção de um equipamento ou sistema é criar uma região protegida (figura 4.2), dentro da qual as tensões de modo diferencial e modo comum estejam dentro dos limites da suportabilidade de todas as portas deste equipamento ou sistema. Como o intuito é impedir que estas tensões espúrias cheguem até o equipamento, antes de cada porta deverá haver protetores de tensão tanto em modo diferencial como em modo comum. A fronteira da região de proteção é definida pela posição dos protetores, filtros e transformadores de isolamento (se usados). Acompanhando a figura 4.1, a forma mais natural de posicionar os protetores para definir uma região protegida no entorno de um equipamento seria de acordo com a figura 4.2.a . 


Figura 4.2.a: Representação de Região Protegida com protetores distribuídos

Entretanto, o posicionamento mais eficiente dos protetores de todas as portas é concentrando-os em um único lado da região, que pode ser denominado de “janela de passagem”, conforme representado na figura 4.2.b. Assim, reduz-se a circulação de correntes interferentes pela região protegida, conforme veremos adiante, o que é uma boa estratégia para se evitar falhas ou danos causados por induções diretamente no equipamento e em seus circuitos.

Figura 4.2.b: Representação de Região Protegida com protetores concentrados em uma “janela de passagem”

Os protetores podem ser varistores ou centelhadores, dependendo da aplicação. Transformadores de isolamento também podem ser empregados em casos específicos. Filtros são posicionados nos mesmos pontos, mas têm finalidades distintas dos protetores contra surtos, conforme se verá em artigo próprio.

Nota: o emprego de protetores contra surtos na alimentação deve atender a requisitos técnicos e é regida pela NBR5410. Varistores mal dimensionados podem explodir e os centelhadores não são aplicados em rede elétrica. Use protetores comerciais próprios para a rede elétrica, denominados DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos), instalando-os com a devida orientação técnica.


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