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O radioamadorismo e eu

Meu primeiro contato foi aos dez anos (1965) quando visitei o avô de um amigo meu, radioamador habilidoso que tinha montado seu próprio transmissor de AM e CW. Impressionou-me aquele transmissor valvulado em quatro bandejas (fontes, VFO e excitador, modulador e amplificador) com vários medidores e as válvulas retificadoras a mercúrio, tudo acompanhando a modulação do operador. E o receptor, um imponente NC183, por onde se ouviam sinais do mundo todo, tanto em fonia quanto em telegrafia. Este último completamente incompreensível para mim, mas por isso mesmo fascinante, vendo o desembaraço com que seu avô transmitia e decodificava. Aquela visita influenciou definitivamente na minha vida, fazendo com que eu me inclinasse por eletrônica e pelo radioamadorismo. Na época comecei a aprender telegrafia por brincadeira. Aos doze anos já fazia radioescuta, aos 14 me associei à LABRE-RJ, pratiquei a telegrafia e fiz um curso de eletrônica por correspondência. Aos 17 prefixei-me radioamador classe C, com muito orgulho.

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